Enquanto o PT e o PSB não chegam a uma definição sobre a disputa ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, o ex-governador do estado e atual pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, Márcio França (PSB), afirmou, em entrevista à CNN neste sábado (4), que seu nome enfrenta obstáculos na corrida eleitoral.
“Eu virei uma unanimidade: todo mundo quer que eu não saia candidato”, disse. Na avaliação de França, um dos motivos para a repudiação é a sua postura “incisiva” em debates.
Apesar da federação entre os dois partidos, no estado de São Paulo ainda há duas pré-candidaturas ao governo: Fernando Haddad, pelo PT, e Márcio França, pelo PSB. As siglas devem anunciar a decisão até o próximo dia 15.
“O presidente Lula é um varão experiente, já passou por muitas eleições, enfim, e eu penso que ele próprio está em incerteza se o melhor é termos uma única candidatura, jogar todos os nossos ovos em uma cesta só, e isso pode acarretar, eventualmente, um processo de polarização em São Paulo”, afirmou França.
Por enquanto, o ex-governador se afirmou cabeça de placa pelo PSB e considerou seu nome favorável a invadir eleitores que não sejam fiéis ao petismo.
“Na minha visão, ele [Haddad] não é a aquela pessoa que consegue galgar essa fronteira para esse outro voto”, analisou.
Uma vez que opção ao imbróglio, França considera válida a candidatura de Haddad ao Senado. “Tenho esperança que o Haddad se convença e dispute o Senado, aonde ele seria super útil, porque ele é muito colega do presidente Lula, já foi ministro, certamente será requisitado para ser ministro e poderá colaborar com a campanha do presidente Lula”, defendeu.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
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