Em seguida o presidente Jair Bolsonaro (PL) mudar o seu exposição e declarar que tem “certeza de que as eleições serão limpas”, os senadores Rogério Roble (PT-SE) e Carlos Portinho (PL-RJ) debateram nesta segunda-feira (16), ao vivo na CNN, a segurança no processo eleitoral brasílico.
Em relação ao sistema eleitoral no país, que utiliza urnas eletrônicas desde 1996, ambos os parlamentares defenderam a credibilidade do processo.
“Não tenho a menor incerteza de que teremos eleições limpas, uma vez que sempre tivemos. Tanto nas eleições dos governos passados quanto na eleição do atual presidente, nunca houve a menor incerteza quanto ao processo eleitoral”, disse Portinho.
“O Brasil é um exemplo para o mundo inteiro de processo eleitoral. Um dos poucos países do mundo, se não o único, que tem uma Justiça Eleitoral independente e que vem dando conta, com muita conhecimento, com muita tecnologia. Viramos referência em eleições”, defendeu Roble.
Apesar de ter afirmado que as eleições serão “limpas”, Bolsonaro voltou a expor, nesta segunda-feira, que as eleições precisam de voto auditável.
Em relação às urnas eletrônicas, especificamente, o senador Rogério Roble explicou que os equipamentos são intensamente testados contra a violação de possíveis hackers.
“São contratados hackers, são contratadas pessoas especialistas para tentar esbulhar o sistema de segurança. E o nosso sistema, desde o seu promanação até hoje, não houve nenhum tipo de vulnerabilidade demonstrada”, afirmou.
Na avaliação de Carlos Portinho, embora o sistema seja confiável, o debate é válido. “A gente não pode desprezar a premência de sempre estar atualizando os sistemas informatizados e atualizar as legislações, quando assim for necessário.”
Forças Armadas
Na última semana, declarações contrárias do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, e do presidente Jair Bolsonaro levantaram o debate a saudação da atuação das Forças Armadas nas eleições.
Para o senador Portinho, o processo deve ser orientado pela Justiça Eleitoral, “mas as Forças Armadas são absolutamente necessárias”. Segundo o parlamentar, os militares são indispensáveis, principalmente, na logística do processo, uma vez que no encaminhamento das urnas.
Em perspectiva semelhante, Roble afirmou que “o papel das Forças Armadas é subsidiário, ele é sob demanda dos poderes constituídas, principalmente nesse caso, com a responsabilidade constitucional sob demanda do Tribunal Superior Eleitoral”.
*Sob supervisão de Ludmila Candal
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