A novidade pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (13) mostra que a repudiação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 43%. Os que declararam que não votam no atual presidente Jair Bolsonaro (PL) são 59%.
O número de Bolsonaro é mais sobranceiro que o de Lula, mas vem em queda, e pela primeira vez ficou aquém dos 60%. O ex-presidente, que no ano pretérito chegou a ter 48% de repudiação, desde o primícias deste ano oscila entre 42 e 43%.
Para o pesquisador político Antonio Lavareda, “mudou o sentimento preponderante de uma eleição para outra. Isso explica também um pouco porque o sentimento antipetista arrefeceu.”
Bolsonaro, que se beneficiou da retirada da pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro, no mês pretérito, segue tentando minimizar a repudiação e expandir as intenções de voto.
Para isso, vem adotando algumas estratégias que funcionaram nas eleições de 2018. Uma delas é reavivar o sentimento antipetista, trazendo à tona temas uma vez que o “Petrolão” e os escândalos da Operação Lava Jato. A outra é colocar a primeira-dama Michelle Bolsonaro para participar da campanha, em uma tentativa de diminuir a dificuldade do eleitorado feminino.
“O votante que tem a tendência de definir essas eleições, com o voto mais cândido e mais incerto até agora são as mulheres evangélicas, que ao contrário dos homens evangélicos, não tem suporte maciço ao presidente Jair Bolsonaro. E os jovens trabalhadores, a maior secção deles em empregos informais, que não é um grupo com um direcionamento ideológico simples. Ambos os candidatos devem procurar esses grupos”, explica Graziella Testa, pesquisador política e professora da Instalação Getúlio Vargas (FGV).
“É improvável que a questão da prevaricação seja meão nessas eleições, uma vez que foi em 2018. Esse ano a gente deve falar muito de economia e Bolsonaro deve tolerar alguma coisa nesse processo por motivo da escalada da inflação nesse último ano”, continua Graziella.
A inflação aparece uma vez que o tema mais importante a ser tratado no próximo governo, segundo os eleitores ouvidos pelo Ipespe. Essa é a primeira vez que o tópico lidera a lista de preocupações, em que 49% das menções são referentes à agenda econômica, incluindo, além da inflação, o desemprego, a míngua e salários.
Segundo Lavareda, “nesta eleição, o que está em jogo é um outro tipo de sentimento. Que é a impaciência. A angústia dos brasileiros para solução de problemas concretos que afligem nossa sociedade. No momento os problemas econômicos, inflação, dispêndio de vida, preço dos produtos, preço da cesta básica.”
“Vai ser necessário que o governo envide e exercite todos os esforços, toda sua originalidade, na direção de superar ou minorar esse problema, esse travanca”, complementa.
O jurista e pesquisador político Oscar Vilhena observa que as eleições intermediárias são normalmente plebiscitárias, onde ocorrem o julgamento do atual director do Executivo.
“É originário que se olhe para ele, que os problemas fundamentais de sua gestão sejam destacados. Esse é um ponto. A outra coisa é a incapacidade do país de ter renovado seus quadros políticos, principalmente da oposição. Logo isso levou a um retorno. Logo temos hoje uma competição entre a memória daquilo que foi o governo Lula e o julgamento desse governo”, disse Vilhena.
“Tanto que essa polarização se antecipou muito, isso que as pequisas mostram, o que é muito dissemelhante de eleições anteriores. Já está polarizado, é muito difícil que haja um espaço para que outros candidatos se coloquem. Acho que chegamos nisso, em função de uma série de conflitos, uma erosão que nós tivemos da firmeza da política a partir de 2014”, continua.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Veja os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022
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Jair Bolsonaro, atual presidente da República, se filiou em 30 de novembro de 2021 ao Partido Liberal (PL) e deve concorrer à reeleição. Veja outros possíveis candidatos a presidente em 2022
Crédito: Alan Santos/PR -
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o pré-candidato do PT
Crédito: ESTADÃO CONTEÚDO
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Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Quinta e da Integração Pátrio, pré-candidato a presidente pelo PDT
Crédito: LUCAS MARTINS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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João Doria ganhou as prévias do PSDB e anunciou a repúdio ao governo de São Paulo para ser o pré-candidato do partido
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro procuração uma vez que senadora por Mato Grosso do Sul e foi anunciada uma vez que a pré-candidata do MDB ao Planalto
Crédito: Jefferson Rudy/Sucursal Senado -
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Luciano Bivar é presidente do União Brasil e foi anunciado uma vez que pré-candidato do partido à Presidência; deputado federalista já comandava o PSL antes da fusão com o DEM
Crédito: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
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Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato do partido Novo à Presidência da República
Crédito: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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André Janones, atualmente é deputado federalista por Minas Gerais, é o pré-candidato à Presidência pelo partido Avante
Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Nascente: Sucursal Câmara de Notícias
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Eymael, pré-candidato à Presidência pelo DC; ele já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Divulgação/Facebook Eymael
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Vera Lúcia é a pré-candidata à Presidência da República pelo PSTU
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação -
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Leonardo Péricles, pré-candidato à Presidência pelo Unidade Popular (UP)
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano, pré-candidata do PCB à Presidência
Crédito: Divulgação