Uma projeção feita pelo economista André Braz, da Instalação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da CNN, mostra que o IPCA (Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Largo) deve ter uma subida de 1,10% a 1,15% em abril, em conferência com o mês de março deste ano.
O indicador solene será divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE).
Braz afirma que o indicador referente a abril deverá ter subida principalmente pelo aumento dos preços dos combustíveis, mas o índice não deve subir tanto, pois não houve novo reajuste de gasolina pela Petrobras no mês pretérito. O último foi em março.
“Uma vez que a subida dos combustíveis foi muito perceptível, ela deve continuar no radar, porém não tanto uma vez que nos índices anteriores. A modificação no preço da gasolina, que é o combustível que mais pesa no IPCA, já tem mais de 30 dias, logo vai surgir uma segmento pequena desse aumento”, conta o técnico.
O economista explica que os vitualhas também elevarão o indicador, principalmente os in natureza, ou seja, os que não são industrializados, uma vez que as frutas e os legumes. De tratado com ele, a subida demanda e a modificação do clima contribuíram para nascente aumento.
“O clima característico do verão, o qual saímos há pouco tempo, com chuvas fortes e sol intenso castiga a cultura dos in natureza. Outrossim, a redução da oferta contribuiu para preços mais altos, uma vez que a cenoura, batata e cebola, que aumentaram muito no mês pretérito”, diz.
Outro fator que pode fazer com que a subida do indicador não seja tão significativa é o preço da pujança. No dia 16 de abril, ocorreu o término da bandeira de escassez hídrica.
“Haverá uma queda de 6% no indicador deste mês, já que a antecipação do término da bandeira de escassez hídrica ocorreu em meados de abril. Ao todo, terá uma queda de 12% em trinta dias, o que pode influenciar, de forma positiva, a inflação deste mês”, analisa Braz.
Outro item que deve lucrar relevância, segundo o economista, são os eletrodomésticos e o setor de serviços por conta do aumento dos custos de matérias-primas e combustíveis. Com um tom mais otimista para o próximo índice, Braz ressalta que o IPCA de maio terá preços mais baixos, em conferência com os últimos resultados.
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