Três países estão na lista dos desafetos dos Estados Unidos e não foram convidados a participar da Cúpula das Américas nesta semana, em Los Angeles, na Califórnia.
Para o governo norte-americano, Venezuela, Cuba e Nicarágua são ditaduras e têm histórico de doesto dos direitos humanos. Por isso não devem participar de um encontro que pretende reafirmar princípios democráticos.
A Morada Branca espera receber 23 líderes na Cúpula, mas reforçou nesta semana que o presidente Joe Biden não convida ditadores.
Cuba
O regime de partido único de Cuba escolheu, em 2018, seu primeiro presidente de fora da família Castro, depois de 60 anos sob o regime de Fidel e Raúl. Com um governo que oferece pouco espaço para a oposição, a pobreza e o desrespeito aos diretos humanos estão na lista dos principais problemas do país.
Em 2020, a renda per capita era de menos de 10 milénio dólares por ano. E as manifestações nas ruas de Havana se tornaram mais frequentes. Os cubanos pedem melhores condições de vida e chegada à internet, que ainda é precário.
Com o termo da União Soviética, Cuba perdeu uma grande base de pedestal econômico. E com a manutenção do embargo imposto pelo governo norte-americano, a situação econômica se agravou.
Na opinião de Roberto Neto, professor de História da América na Universidade Federalista Fluminense (UFF), o bloqueio econômico a Cuba significa menos empregos e desabastecimento, porque a ilhota caribenha não tem capacidade autônoma de produzir o que a população precisa para sobreviver.
Com seus 11 milhões de habitantes, Cuba se tornou a inimiga número 1 da Morada Branca nas Américas desde a crise dos mísseis, quando a União Soviética instalou mísseis na ilhota, em 1962, em resposta aos mísseis norte-americanos na Turquia. E, até hoje, a relação entre Estados Unidos e Cuba é frágil.
No termo de maio deste ano, Miguel Díaz-Canel, o presidente cubano, disse que não compareceria à Cúpula das Américas mesmo se tivesse sido convidado.
Em um pronunciamento na segunda-feira (7), os países do conjunto da Escolha Bolivariana para as Américas (Alba), do qual Cuba, Venezuela e Nicarágua são secção, emitiram uma enunciação dizendo que a decisão dos Estados Unidos é discriminatória e incabível e que governo norte-americano subestimou o pedestal que esses países receberam da região.
Nicarágua
Desrespeito à democracia, pobreza e narcotráfico também fazem secção da verdade da Nicarágua.
Daniel Ortega, presidente do país, já está no quarto procuração presidencial. Revolucionário dos anos 1970, hoje ele é indiciado de desmandar do poder para se manter no incumbência.
Opositores foram presos ou fugiram para o exílio, não podendo participar das eleições, que, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), não tiveram legitimidade democrática.
E líderes estudantis, indígenas e camponeses foram às ruas em protesto contra o governo nicaraguense, que hoje está mergulhado em uma crise política.
Estados Unidos e Nicarágua têm uma relação difícil há mais de 100 anos. Os norte-americanos ocuparam o país no prelúdios do século pretérito e, quando foram embora, deixaram para trás a ditadura da família Somoza, que durou mais de 40 anos. O chamado movimento sandinista, que lutava contra a ocupação americana, acabou derrubando a ditadura.
Um dos líderes do movimento sandinista foi Daniel Ortega que, segundo críticos, deixou de ser um revolucionário. No poder, ele reprimiu manifestações e rompeu com a Organização dos Estados Americanos (OEA).
O professor Roberto Neta explica: “A OEA exige que os países pertencentes à organização respeitem as cláusulas democráticas. Todos os países têm que ter a democracia, e a Nicarágua, nos últimos anos, descarrilou para um governo dominador, com medidas legais que diminuem a atuação da oposição.”
Dados da CIA mostram que a Nicarágua, o país mais pobre da América Meão e o segundo mais pobre do Hemisfério Ocidental, tem subemprego e pobreza generalizados. O Resultado Interno Bruno (PIB) anual do país em 2020 foi de 2 pontos percentuais negativos.
Aliás, o país é rota de trânsito para traficantes de drogas que contrabandeiam cocaína da América do Sul através do México para os Estados Unidos, por meio de rotas marítimas e aéreas.
Os traficantes exploram crianças através da participação forçada na produção e tráfico de drogas ilegais. Um cenário reptante para uma população em extrema pobreza.
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