Neste final de semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) lançaram oficialmente sua placa de pré-candidatura para as eleições de outubro. Durante o evento, Alckmin afirmou que divergências do pretérito ou do presente não seriam pretexto para deixar de concordar Lula no pleito deste ano.
Em entrevista à CNN nesta segunda (9), o observador político e sócio da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, avaliou que é “pouco provável” que as divergências entre Lula e Alckmin atrapalhem a candidatura.
“Uma associação desse tamanho não seria construída sem que já tivesse minimamente um entendimento do que cada um pode contribuir, do simbolismo de trazer o Alckmin para a campanha”, comentou.
“É originário que tenham divergências, sobretudo no momento de formar o programa de governo e qual vai ser a tributo [de Alckmin] de vestimenta. Mas não a ponto de romper com uma união que seria positiva para a tentativa de vitória da campanha petista”, acrescentou.
O observador político ainda avaliou porquê “potencialmente palatável” a proposta desta placa para um eleitorado não tradicionalmente petista. “Tem uma janela de oportunidades em terreno que tradicionalmente o PT não tinha um bom desempenho. Mesmo quando era governo e disputava eleições majoritárias para presidente e vencia, tinham alguns segmentos que não conversavam naturalmente com a campanha”, disse.
“Nesse sentido, tem potencial para que o Alckmin contribua para buscar esse sufragista. Mas é potencial, não é uma janela [de transferência] automática. Vai depender da natureza da campanha, do tipo de mensagem que será construída ao longo da campanha. Mas, de todo modo, é uma estratégia com o objetivo de reduzir a verosímil vantagem que a direita tem nesses eleitores, que no pretérito o PT não conseguia vencer”, pontua.
Em relação a formação de uma associação petista mais ampla em oposição ao governo Bolsonaro, Rafael Cortez acredita que a aproximação do meio e da centro-direita deve permanecer para o segundo vez das eleições. “PSDB, MDB devem trazer palanques ou contribuir em estados importantes”, afirmou.
“Minha leitura é de tendência à polarização, que eventualmente até será reforçada. Eleição costuma ser um plebiscito da atual governo. Favoráveis e contrários se posicionam e lançam candidaturas. É muito difícil um projeto político recíproco se posicionar em meio a esse conflito. Logo falta uma certa sustância”, completou.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
-
1 de 12
Jair Bolsonaro, atual presidente da República, se filiou em 30 de novembro de 2021 ao Partido Liberal (PL) e deve concorrer à reeleição. Veja outros possíveis candidatos a presidente em 2022
Crédito: Alan Santos/PR
-
2 de 12
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o pré-candidato do PT
Crédito: ESTADÃO CONTEÚDO
-
3 de 12
Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Rancho e da Integração Pátrio, pré-candidato a presidente pelo PDT
Crédito: LUCAS MARTINS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
-
4 de 12
João Doria ganhou as prévias do PSDB e anunciou a repúdio ao governo de São Paulo para ser o pré-candidato do partido
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO -
5 de 12
Simone Tebet cumpre o primeiro procuração porquê senadora por Mato Grosso do Sul e foi anunciada porquê a pré-candidata do MDB ao Planalto
Crédito: Jefferson Rudy/Dependência Senado
-
6 de 12
Luciano Bivar é presidente do União Brasil e foi anunciado porquê pré-candidato do partido à Presidência; deputado federalista já comandava o PSL antes da fusão com o DEM
Crédito: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
-
7 de 12
Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato do partido Novo à Presidência da República
Crédito: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
-
8 de 12
André Janones, atualmente é deputado federalista por Minas Gerais, é o pré-candidato à Presidência pelo partido Avante
Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Nascente: Dependência Câmara de Notícias
-
9 de 12
Eymael, pré-candidato à Presidência pelo DC; ele já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Divulgação/Facebook Eymael
-
10 de 12
Vera Lúcia é a pré-candidata à Presidência da República pelo PSTU
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação -
11 de 12
Leonardo Péricles, pré-candidato à Presidência pelo Unidade Popular (UP)
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
-
12 de 12
Sofia Manzano, pré-candidata do PCB à Presidência
Crédito: Divulgação