O Ministério das Relações Exteriores da China criticou o Parecer de Direitos Humanos da ONU depois que adotou uma solução sobre os abusos russos na Ucrânia, dizendo que o órgão retrata “padrões duplos”.
Em uma coletiva de prelo na sexta-feira (13), o porta-voz Zhao Lijan acusou o recomendação de tolerar a agressão de algumas nações enquanto condena outras.
O Parecer de Direitos Humanos da ONU aprovou, na quinta-feira (12), uma solução para uma investigação sobre supostos abusos de direitos humanos cometidos por tropas russas na Ucrânia.
Todos os membros, exceto China e Eritreia, votaram em prol da solução.
“Os padrões duplos politizados e as práticas seletivas estão em subida no Parecer de Direitos Humanos. A razão pela qual a China votou contra a Ucrânia é baseada na posição de princípios da China sobre a questão ucraniana”, disse Zhao.
“O Parecer de Direitos Humanos realizou reuniões especiais com frequência em alguns países, mas não conseguiu tomar medidas contra alguns outros países”, acrescentou Zhao, que questionou o histórico da ONU em questões não relacionadas, incluindo desinformação, racismo, violência armada e ataque de migrantes.
“Isso abalou seriamente a crédito de todas as partes na imparcialidade e objetividade do Parecer de Direitos Humanos, afetando duramente sua credibilidade e causando a separação do Parecer”, declarou o porta-voz.
“Por isso, a China votou contra a solução. Nós clamamos a todas as partes para que haja um retorno ao propósito original do Parecer de Direitos Humanos, que é o multilateralismo genuíno e a promoção de desenvolvimento sustentável da desculpa internacional dos direitos humanos”, concluiu.
Novidade solução
O Parecer de Direitos Humanos da ONU aprovou na quinta-feira uma solução com ampla maioria, estabelecendo uma investigação sobre alegações de abusos de direitos pelas tropas russas em partes da Ucrânia anteriormente sob controle ucraniano.
O Parecer, com sede em Genebra, aprovou a solução através de votação, com 33 membros votando em prol e 2 contra (China e Eritréia). Houve 12 abstenções.
A Rússia foi recentemente suspensa do Parecer de 47 membros. No entanto, ela ainda poderia ter entrado na sessão uma vez que observador, mas optou por não fazê-lo em protesto contra a solução que, segundo ela, equivalia a um acerto de contas político.
*Com informações da Reuters
Compartilhe: